terça-feira, 5 de julho de 2016

UMA MÃE NUA E CRUA



UMA MÃE, NUA E CRUA

“Quando um bebê nasce, nasce uma mãe.”
Huuuum. Mas como exatamente isto se dá?
No meio de tantas opiniões “mais experientes”, como nos encontrar no meio delas?  
Nos encontramos verdadeiramente quando paramos de ouvir a voz que vem de fora para ouvir a voz que vem de dentro.
Simples né?
Nem tanto.
Uma das coisas mais difíceis da maternidade é nos encontrar verdadeiramente nela. Encaixar todas as nossas peças em harmonia e coerência com tudo o que essencialmente somos.



Mas e se eu for à favor do parto normal, amamentação em livre demanda, cama compartilhada, será que este pequeno ser tão apegado vai me devorar um dia?  
E se eu optar pela cesárea, dar mamadeira, usar as técnicas do Nana Nenê, contratar uma babá e voltar ao trabalho?  Serei menos mãe?  
E se escolhermos uma salada mista, aparentemente incoerente e contraditória?  parir, dar o peito e a mamadeira, comer a placenta, vacinar dar homeopatia...
E se a opção que fizermos for errada?  E se formos julgadas pelo grupo de amigas?  E se o meu filho me cobrar depois?  E o que fazemos com esta culpa que nasce junto com a mãe?

Não, não é tão simples para a maioria.
Para nos encontrarmos precisamos buscar lá no fundo, sem medo de ver o que não queremos, o que nós mesmas julgamos como “politicamente incorreto” e que lá no fundo temos guardado.
Isso me lembra um livro que li na adolescência “Porque tenho medo de lhe dizer quem sou? ” ... “porque se eu lhe disser quem sou isto é tudo que tenho, e você pode não gostar.” Então eu diria porque temos medo de nos dizer quem realmente somos?  será que é porque podemos não gostar?  



Mas e aí?  o que fazer com o que realmente somos?
E isto é algo que tenho experimentado, especialmente agora aproximando a força dos 40.
É preciso antes de mais nada nos aceitarmos exatamente como somos, abraçar todas as nossas faces, toda a nossa nudez, toda a nossa verdade. Esta verdade é a única coerência que nos aplica. É o que nos fará a melhor mulher para nós mesmas, a melhor companheira, a melhor filha, a melhor mãe para os nossos filhos.
Ser real! É a chave! A verdade é a luz! E ela clareia, porque depois disso, o que tiver que ser melhorado fica mais fácil, vem como complemento.
A motivação não pode ser a culpa, a cobrança da sociedade, a vontade de se adequar a um grupo. Precisa vir de dentro pra fora.

Ser você mesma é a sua melhor versão!
Ser você mesma é o seu maior tesouro!
Ser você mesma é o presente mais precioso que você pode dar aos seus filhos!
E o melhor presente que você pode dar a si mesma!
É liberdade e é leveza, a inteireza do seu ser.

Kelly Mamede

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